quinta-feira, 27 de abril de 2017

A Rosa morreu de novo?

Ou: A saga continua...

     Ontem apareceu mais uma Rosa!!!
     Pra quem não conhece a história, escrevi sobre as Rosas vários "posts" atrás! (A Rosa morreu? / Uma casinha em Pequeri)

     Pode ser que seja útil lê-los pra entender o que vem por aí...   (ou pelo menos tentar, já que nem eu sei se entendi!)

     Bem, vou tentar resumir.

     Ontem, minha bem informada tia Ignêz escreve uma mensagem para a minha mãe (e não podemos nos esquecer de que ambas já tinham rido um bocado da história das Rosas!):
     - "Ei Juli! Fiquei sabendo hoje que a Rosa morreu ontem! Mas essa é a Rosa da tia Juracy. Se não fosse trágico, seria cômico. Hahaha bjs"
     Pelo final da mensagem parece que ela achou trágico E cômico!
     Pois bem. Minha mãe caiu na besteira de enviar essa mensagem para nós, suas filhas... E aí começou tudo outra vez!
     - "Rosa? Que Rosa???" - foi a pergunta da Patrícia, minha irmã mais velha, não sem a intenção de fazer uma certa graça!
     A outra irmã escreve:
     - "A Rosa morreu DE NOVO???"
     Minha mãe, então, responde:
     - "Foi a Rosa filha da tia Juracy, aquela bem magrinha."
     Comecei a me sentir um pouco constrangida, já que não sabia nem quem era a tia Juracy, muito menos a Rosa bem magrinha! E aí não tinha nem como ficar triste ou lamentar a morte da Rosa (a magrinha!). Mas pra meu alívio a conversa continuou, e eu percebi que não era só eu que não conhecia a Rosa "magrinha"...
     A irmã mais velha pergunta:
      - "Que Rosa magrinha? A Rosa? A Rosa, pelo que me lembro não era magrinha! Quem é a Rosa da tia Juracy? Mas ela já não havia morrido? Vocês estão falando de uma outra Rosa que ainda não tinha aparecido? Quantas Rosas a gente conhece, por favor???"
     E aí o circo foi armado... de novo!
     A irmã do meio, Tati, diz:
     - "Mãe, afinal de contas, que Rosa é essa agora??? Se continuar desse jeito a gente vai morrer sem saber que Rosa que morreu!"
     E eu pensando: "Gente do céu, enquanto existirem Rosas e enquanto elas estiverem morrendo por aí a gente não vai resolver essa história!"
     Cá pra nós, é um pouco de falta de criatividade dessa gente na família... afinal, quantas Rosas eu ainda preciso conhecer? Decidi então que nunca vou colocar o nome de filha minha de Rosa... mesmo que eu nem filhas mais possa ter! Está decidido!
     Mas a conversa continuou, por meio de mensagens escritas e áudios recheados de gargalhadas desmoderadas.
     A irmã mais velha, que, sem querer ofender ninguém, é a mais desajustada de todas, continuou a conversa:
     - "A Rosa da tia Juracy não é a doidinha que já tinha morrido???"
     Minha resposta:
      - "Não Patrícia! Morreu tá morrido!!! Não morre de novo!!! Já foi! A doidinha já morreu. Essa pelo menos a gente tem certeza que sim. Não temos?"
     E ela insiste, agora com áudios:
     - "Pois é! Eu não lembro da Rosa magrinha!  A Rosa Rosa não era magrinha, era bem gordinha!"
     E eu me perguntando quem seria a Rosa Rosa... as duas que conheci eram gordinhas!
     Mas ela não pára:
     - "Eu me lembro da Rosa grávida, e aí ela não era magrinha! Rosa magrinha não existe!"
     Concluo: "Ok, a Rosa Rosa é a babá, não a doidinha e nem a magrinha!"
     E ela inconformada:
     - "Gente, não dá nem pra ficar triste! Porque eu vou ficar muito triste quando a Rosa Rosa morrer! Mãe, a Rosa Rosa já morreu? Pelo que eu sei, ela não morreu, certo?"
     A outra irmã verbaliza a minha pergunta anterior:
     - "Mas quem é a Rosa Rosa, Patrícia?"
     A irmã mais nova, Carol, (imagino que revirando os olhos!) diz:"A minha rosa está ótima!"
     A irmã do meio, Tati, começa a engasgar de tanto rir!
     E eu me sentindo ainda mais constrangida, pois não conseguia conter as gargalhadas! A notícia era pra ser triste! A Rosa magrinha tinha morrido e a gente estava engasgando de tanto rir! Isso não se faz! Pobre tia Juracy! Aliás, será que a tia Juracy já morreu também? Porque aí o meu constrangimento poderia, talvez, ser um pouco menor...
     A irmã mais desajustada dá a cartada final:
     - "Imagina um desavisado vir contar pra gente que uma Rosa, sua mãe, morreu, sem saber de nada e a gente dispara a rir!"
     Mas era quase isso que estava acontecendo e haja mesmo constrangimento, pois ao imaginar nós todas juntas numa cena como essa, eu realmente entrei numa crise de riso sem volta!
     Segue-se uma sessão de áudios com muitas gargalhadas e vários outros disparates!
     Pra encurtar a conversa e colocar um ponto final (Será??? Ou enquanto existirem Rosas essa conversa de maluco perdura?), hoje minha mãe escreve:
     - "Olha, vou explicar!. A Rosa do tio Antônio, a doidivanas, morreu."
     E nessa altura não posso deixar de me perguntar... Quem usa o termo doidivanas??? Pobre Rosa, além de morrer ainda é chamada de "doidivanas"!
     Minha mãe continuou:
     - "A Rosa que trabalhou conosco no Rio, aquela que ficava torta (mais risadas!), morreu. A coreógrafa amiga da Carol não sei se morreu. A última Rosa que morreu é esta, a magrinha, filha da tia Juracy, e a minha rosa murchou!"
     Imediatamente mandei mensagem pras minhas filhas: "Vocês estão terminantemente proibidas de colocar o nome Rosa em qualquer filha que porventura tiverem!".
    Confesso, o cruel pensamento foi "Vai que morre e a gente fica confuso tudo de novo!".
    E a próxima mensagem foi pra minha mãe: "Mãe, e a tia Juracy? Já morreu?"