sexta-feira, 26 de agosto de 2016

O monstro invisível das ventosas poderosas

A pessoa vai passar uns dias em Guarapari com o marido e alguns amigos internacionais. O apê foi gentilmente cedido por uma prima da mãe e é um luxo só perto do que havia sido planejado. Tem até o privilégio de ficar com a suíte.
Em frangalhos que estava, depois de bem festejar o casamento da filha mais velha, dormir por 2 horas somente, acordar no domingo para fazer sala para muita gente querida, gente essa que ainda não havia pego o caminho de volta pra casa em diferentes cantos desse nosso "Brasil Varonil" (e fica aqui uma dica da idade da pessoa... rá!), depois de levantar preguiçosamente na segunda-feira pra dirigir por sete horas ao mesmo tempo que respondia e (mal) dissertava sobre questões profundas em alemão (alemão não sabe muito conversar "borracha", nem pra colaborar com a amiga brasileira motorista pouco experimentada na estrada... Um simples e inocente comentário sobre o morro à frente pode gerar uma longa conversação sobre o aquecimento global e devidas consequências para a nave mãe! - E acreditem, queridos: fazer essas duas coisas ao mesmo tempo pode gerar um curto circuito, mesmo para o cérebro feminino! O meu quase convulsionou! Pensei até em gravar um anúncio igual àquele da dengue - "OMinistériodosTransportesadverte: discutirquestõesprofundasemalemãoécontraindicadoaodirigirnaBR101")...
Então, retomando...
...depois de fazer o reconhecimento da literalmente área, que dá vista para o mar (!!!), a criatura se dirige feliz da vida para o banheiro que, estranhamente fica por detrás da porta de um guarda-roupa (se minhas filhas ainda fossem crianças, com certeza achariam o máximo!) para renovar as forças com um bom banho quente (na cidade praiana chovia e fazia frio) e, de repente, já dentro do box e calçada, por causa dos "nojos" (bobos) que vamos adquirindo ao longo dos anos, com as legítimas que não deformam, não soltam as tiras e não têm cheiro (estou propagandística dessa vez, né? Mas esse detalhe é importante), a pessoa tem seus pés grudados nos dois tapetes de borracha que se encontravam dentro do box. Parecia que tinha sido capturada pelo monstro invisível das ventosas poderosas. Tenta movimentar um pé, consegue erguer a perna e também o tapete, que ficou grudado no chinelo. Sem entender muito o que estava acontecendo, tenta levantar o outro pé e lá vem o outro tapete junto. A pessoa, então, dá uma crise de riso sozinha dentro do box e já se percebe numa dessas muitas cenas hilárias do seu cotidiano (e nem todas são "contáveis"). Tenta novamente e... nada! O tapete não desgruda!
A criatura fica ali "curtindo o seu momento", brincando com os tapetes grudados no chinelo e rindo sozinha! Levanta um pé e lá vem o tapete junto! Levanta o outro pé e o tapete ainda grudado! Ela ri sem parar! Até que, finalmente, depois de ficar inerte numa posição razoável para se ensaboar sem se desequilibrar, o sabão faz com que os chinelos se desgrudem e ela finalmente se vê livre da armadilha! E a moça é cinquentona, creiam! Mas ainda sabe, de quando em vez, brincar que nem criança!
O banho foi relaxante sim, mas menos por causa da água quente e mais por causa da inesperada crise de riso!
A pessoa foi dormir feliz.., casamento lindo, irmã vinda direto "dos estrangêro" e de quem se tinha muita saudade, muita muita gente querida presente, festa gostosa, viagem com amigos pra se guardar do lado esquerdo do peito e, por fim, crise de riso inusitada com os pés grudados no tapete e dormir grudada (agora sim! E sem chinelos!) no marido, que já roncava sonoramente quando a pessoa conseguiu finalmente se deitar!
E viva a vida!!!